A VI edição do Festival dos Grous chegou ao fim este domingo dia 4 de Fevereiro. Foram 4 dias cheios de atividades para todos os públicos.
Os primeiros dias foram passados com a comunidade escolar de Campo Maior, uma comunidade imprescindível desde a primeira edição.
O dia 1 de Fevereiro a manhã foi passado no Centro Cultural de Campo Maior, com a apresentação do documentário «Montado, o Bosque do Lince Ibérico» para alunos das escolas da vila.
Já a manhã do dia 2 foi passada em atividade, com os alunos dos cursos Profissionais de Técnico de Ação Educativa e de Informática e Sistemas a participarem num projeto de umas das alunas da Escola Secundária de Campo Maior (ESCM); e também com os alunos da Unidade de Ensino Especializado e Estruturado do Agrupamento de Escolas de Campo Maior a fazer um eco trilho sensorial, que decorreu na zona do Centro Ambiental do Xévora. A atividade permitiu que as crianças descobrissem mais sobre a Natureza e, simultaneamente, se sentissem mais próximas e ligadas a ela.
De tarde, foram colocadas caixas ninho para várias espécies da avifauna campomaiorense, sob olhar atento da turma de turismo da ESCM. Esta atividade contou com a colaboração da E-Redes e da GNR.
No fim-de-semana as atividades abriram-se ao público em geral, com cerca de 50 participantes a observarem aves em diversos pontos do concelho. Grous e Sisões, assim com Abetardas, foram os que mais deram nas vistas na manhã de sábado.
Na tarde de sábado, e após um almoço no Atalaya Gin, as Jornadas Técnicas tiveram apresentações sobre como «Salvar o Rolieiro da Extinção: Desafios e oportunidade de uma espécie criticamente ameaçada em Portugal», por João Gameiro da CiBio, da Universidade do Porto; do Hugo Sampaio da SPEA que nos trouxe «Iberian Agro Estepes – Abordagens agrárias sustentáveis para a conservação de espécies e habitats agroestepários na Rede Natura 2000»; de Espanha Alfonso Marzal Reynolds falou sobre a “Zepa Urbana do rio Guadiana e a importância do estudo das aves em termos da saúde global”; Paulo Monteiro apresentou o projeto «Aeggypius Retur», que procura consolidar o regresso de uma espécie de abutre ameaçada ao longo da fronteira portuguesa; e por fim a dupla Francisco Barreto e João Cordeiro falaram da «A importância das Consultorias ambientais».
No último dia do VI Festival dos Grous, a caminhada voltou ao seu local de origem depois de 1 ano de ausência devido aos estragos feitos pelas chuvas no inverno passado em Campo Maior. Nestes 9 quilómetros houve passagem do rio por tractor, uma curta visita aos vestígios romanos do monte do Salvador, poldras mais ou menos úteis, muitos Grous e no final uma degustação de produtos regionais no Centro Ambiental do Xévora.
O VI Festival dos Grous fica por aqui mas volta na VII edição, mais para o final do ano. Em números tivemos cerca de 200 pessoas a participar nos 2 dias abertos ao público em geral.
O VI Festival dos Grous é um evento organizado pelo GEDA – Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura e o Município de Campo Maior, com o apoio Interreg e Eurobird. Com ainda com a colaboração do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, da GNR – Guarda Nacional Republicana, SEPNA, ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, CIBIO, INBIO, Feel Nature, do Clube “Ciência na Raia”, da E-Redes, CEAN – Centro Educativo Alice Nabeiro, Urban Sketchers Raia Elvas, Gin Atalaya, El Corcho, Constantino e Adega da Torre.